domingo, 22 de agosto de 2010

Asas feridas



Ontem dormi chorando de dor.
Machuquei minhas asas em um voo.
Doeu muito...
Muito!
Ainda està doendo!
Continuo chorando...
Como dòi meu Deus!
Parece que não vai cicatrizar!
Vou aos pouquinhos,
Com cuidado,
Procurando um jeito de acomodà-la para diminuir a dor!
Não é fàcil!
Alguns companheiros de voo
Tentam me ajudar!
Que bom!
Sentir que não se està sozinha!
Mas dòi muito!
Tento ficar quietinha...
Não consigo!
Meu desejo de continuar voando
Não me abandona...
Vem a dùvida!
Continuo ou
Fico aqui no meu canto?
Se ficar
Sei que vou morrer aos poucos!
Se me lançar
Tenho duas chances
Não conseguir voar
Morrer em uma queda livre!
Ou
Suplantar a dor
limitação
O desânimo
E voar
Meio sem jeito
Mas voar!
Quem sabe?
Jà que ficar ou continuar,
Posso ficar pelo caminho...
È melhor arriscar
No que tenho duas probabilidades!
Vamos là...
Fecho os olhos...
Não quero ver...
Quero apenas sentir
Sentir a dor
No bater das asas
E,
O grande prazer do vento em meu corpo!
Se não tiver êxito,
Ao menos tentei!

(Margarete Martins Araújo)

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