A força, doçura, encanto, querência, carência, carinho, graça,
desejo e cuidado que ele emanava através de suas mãos,
quando segurava o rosto dela, afastando os cabelos para beijá-la era qualquer coisa...
Com uma conexão e profundidade, até então desconhecidas...
Transcendia a efêmeridade, tornova possível o infinito toque dos corpos...
Envolvia as almas em laços, abraços e embaraços...
Pensando...
Talvez duas palavras se aproximem... (sem intenção de querer explicar.)
Comunhão e Perfeição.
Não! Ela não tinha mais a inocência das crianças (pálida verdade)...
Seu conceito de perfeição havia amadurecido junto com ela.
Ela estava entorpecida em alegria, como quem bebe um bom vinho, delicia-se...
E não perde a razão?!!
A razão nela, estava sujugada à mera expectadora...E se necessário, ajudadora...
Ela havia determinado assim.
Afinal, a razão é sempre arrogante, a ponto de ter explicações para tudo...
Sim, somos mais do que podemos explicar...
Se nos trancarmos em nossas certezas, viveremos enclausurados e seguros!
Falsa segurança....Quem pode garantir o que?
A vida sem fé, sem riscos, sem amor é uma experiência humana que não vale a pena.
E ela queria viver...
por Andreia Bossoes
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