Talvez,eu abra a porta
talvez eu a mire e retorne
diga um sim, um não subentendido, um talvez
não sei
posso pegar a terra e nela plantar
ou cegar com ela visões,
não sei
posso trocar a roupa, ou deixá-la de vez
observar o céu, ou ir de vez
retornar aqui, estando lá
estar lá a observar o aqui,
não sei
posso olhar sementes a crescer
posso crescer e me tornar uma, talvez....
talvez colha o que fui, o que sou e ainda serei
talvez eu olhe a outro
e nunca me enxergue
ou enxergue olhando os outros
não sei
posso ser o som e não ter o dom
posso o além estando aquém
aquém do que pense,do que pareça
um anjo caído,
outro em ascensão,
sem noção...
talvez,quem sabe?
quem sabe de si?
no galope de um vento arrombando portas
atravessando frestas
buscando segredos, que não o são
apenas guardados.....
na memória de um ente carente, presente e ausente
ao abrir de gavetas,um dia fechadas ,
num instante qualquer
o corredor a espera de um passar
na noite vazia,
na escora da porta
gritos de silêncios se fazem ouvir
é a alma que sai deixando vestes?
talvez........
por Rosana Corrêa
Sempre o que escreves me agrada muito!! obrigada amiga, beijos.
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