Passaram-se doze primaveras.
Ou teriam sido doze meses apenas?
Não sei...
Doze dias,
Doze beijos,
Doze saudades,
Doze pensamentos loucos,
Doze desencontros,
Doze quilos a mais
Ou a menos,
Doze mechas grisalhas,
Doze dores lancinantes.
Não importa!
Doze horas te devolveram a mim.
E descobri que um ano não foi nada.
A mesma primavera que te levou,
Trouxe-te de volta
(pois havia pássaros em meu jardim).
Era como se o tempo
Houvesse estancado.
Morreram as saudades, as dores
E os desencontros.
Renasceu o desejo desesperado,
Doze vezes sufocado,
De ficar junto de ti.
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