Abrir velhos baús de documentos nos faz coçar o nariz e,quem sabe, seja essa comichão o gatilho de tantas lembranças:
Poeira me coça o nariz.
A melancolia coloca-me
diante do baú e
deixo-me embriagar
pelo cheiro do mofo e
de lembranças passadas.
Elas alagam meu ser.
Aberto tesouro guardado,
salta aos meus cansados olhos
o poema que te escrevi.
Que nunca mandei.
Relido várias vezes.
Emana dele
o cheiro de tua alma
em minhas vestes,
os sentimentos expressos
em minha poesia.
Era uma carta de amor.
Pueril?
Quem sabe.
Desabafo?
Talvez.
Tristeza?
Também.
Abrir velhos baús de documentos nos faz coçar o nariz e, quem sabe, seja essa comichão o gatilho de tantas lembranças:
Lembranças que teimam
em retornar,
que trazem
consigo momentos
poéticos esquecidos,
pelo medo do sofrer.
São aromas que
atingem meu ser,
enquanto a intensidade
das lágrimas pelo
passado perdido,
pela saudade sentida,
inundam o baú.
O tempo cerra o tampo.
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