domingo, 26 de setembro de 2010

Portugal – Brasil: dois países, um só coração!


Bela alma doce e amiga.

Quanto mais conheço o povo maravilhoso, fraterno e acolhedor que é o português, mais fico encantada.

Todos os amigos, que encontrei, através dessa mágica ponte virtual, e estão do outro lado do oceano, são iluminados e têm o dom da generosidade. Cada um - com sua beleza única - é exemplo vivo disso. Trocamos empatia, afeto e abraços, que atravessam essas águas, unem nossas mãos, nossos corpos, nossos corações. Parecem bater em uníssono.

Quem pode explicar essa maravilha?

Muitas vezes parentes próximos, amigos de anos não nos vêem com tanta frequência, não nos telefonam, não sabem tanto de nós. E há outros tantos, sinceros, corações esplendorosos cheios de fé, de querer bem que nos procuram diuturnamente. Na maior parte das vezes, nas atribulações diárias apenas para dizer: “Olá, como vai?” ou “Estou aqui, não esqueça que lhe quero bem...”. Quanta delícia, quanto conforto, quanto carinho! São tão belas e autênticas as demonstrações de afeto, que chego a ler em voz alta, imitando o sotaque ‘arrastado’ (para nós, brasileiros) da pátria-mãe, Portugal. Para sentir o cheiro do leite materno, para sentir o calor morno de seu colo, o afago em meus cabelos, o carinho, o abraço, quando choro. E ele me vem – sempre – na hora certa. No momento exato em que mais necessito. Como eles sabem? Não me perguntem. Sigam o rumo de seus próprios corações (como o tão gaúcho “Canto Alegretense”).

Ultimamente, em fases de algum sofrimento, além dos grandes amigos do mundo real (que são o esteio de minh’alma), não me questionem como, os fantásticos portugueses estavam lá – firmes e fortes. Não sei como sabiam que eu precisava deles. É sentimento. Sintonia fina. E não deixaram meus pilares ruírem. Abasteceram minha vida de fé, amor, esperança, coragem. Deram-me lições de vida. Tantas vezes fiz isso pelos outros. Era eu a usina de energia de meus amigos. Partilhava minha força e alegria de viver com meus semelhantes. Jamais imaginei que o Criador me fosse conceder a graça de volta. Ela veio, um dia, de tão longe. E chegou tão forte como se estivesse dentro de mim mesma.

Abençoado povo português!

Agora entendo o porquê da língua, nossa musicalidade, nossas nostalgias, nossos gostos, nossas similitudes, nossos afetos. São as raízes que nos unem, caros amigos. Deus plantou isso. Haveríamos de ser um só povo, um só coração.


Carmen Macedo

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