Ao imaginar o Sul , imaginamos o fim
o Norte o futuro
o que chamamos de fim contém raízes
que direcionam o futuro Norte
não é a toa que aqui nascemos
ser gaúcho é além de nascimento
é raiz que alimenta
é a força que mantém o caule
está no sangue , na alma
e não na certidão
algo que não se explica
mas sente-se correr nas veias
é orgulho de seu chão, de seu rancho de terra batida
acessório é mala
que se carrega por necessidade,
é sentir nos olhos o debuxo,da dor de um outro alguém
é o prato dividido com quem não tem
é a forma de um coração
adormecido pela guerra,
mas que na alma carrega
não a justiça dos homens,mas a da fome da própria justiça
que em tantas delongas e demandas
se perderam...
cade esse povo
que um dia lutou
e hoje veste no 7 de setwmbro uma fantasia
pois suas esporas estão macias
pelo comodismo e ambição
cadê o povo que sustenta um país?
sem base não há construção
cadê a bandeira, carregada ao pescoço?
virou cachecol, adorno?
meu rio grande que trago no coração em forma de coração e oração
meu país adormecido
resgata teus valores e que nosso debuxo seja por uma causa e não por dor
e que voltemos a fazer parte deste chão que nos acolheu
nos viu crescer
e onde estejamos o levamos e quando a morte nos chamar
para cá voltaremos
seja em cinzas
seja na lembrança de quem ficar............
Rosana Corrêa
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